Assim se comparamos os dados da 3ª coluna, a produtividade dos outros países em relação á Portugal com os dados da 5ª coluna, a comparação do salário médio dos outros países com o de Portugal, concluímos rapidamente que o salário médio dos outros países é superior ao salário medido português muito mais do que a produtividade dos outros países é superior à produtividade portuguesa.
Em resumo, os dados do quadro I permitem tirar duas conclusões extremamente importantes que desmente o discurso oficial e patronal. Os valores mais elevados de produtividade estão sempre associados, a salários mais elevados, não sendo por isso legitimo esperar aumentar significativamente de produtividade em Portugal sem aumentar simultaneamente o nível de renumerações que continua a ser o mais baixo de toda a unia europeia.
O quadro II que se apresenta seguidamente, construído com dados do Banco de Portugal, mostra precisamente a dimensão dessa grave realidade social nacional.
Os dados do quadro II mostra um claro e rápido agravamento da repartição riqueza criada em Portugal nos últimos anos.
Como se sabe, o valor do produto interno bruto dá precisamente o valor da riqueza e que é criada em cada ano num país, o qual é depois é repartido pelos diversos intervenientes no processo produtivo. Contrariamente ao que se afirma, existe riqueza em Portugal, o que sucede é que ela esta cada vez mais mal distribuída.
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